Effect of caries preventive measures directed to expectant mothers on caries experience in their children

Abstract

O objetivo deste estudo longitudinal foi avaliar a efetividade de um programa de saúde bucal, iniciado durante a gestação, sobre a experiência de cárie de primigestas e seus filhos. Oitenta e uma gestantes, pertencentes a classes sociais pouco favorecidas, foram selecionadas com base no diagnóstico clínico de lesões de cárie ativas e foram divididas aleatoriamente em grupo controle ou experimental. A condição dentária inicial foi estabelecida através do índice CPOS e do diagnóstico das lesões de mancha branca. As medidas preventivas foram aplicadas durante a gestação e 6 e 12 meses após o parto. Ambos os grupos receberam abordagem educativa. O grupo experimental recebeu adicionalmente tratamento com anti-microbianos e adequação bucal utilizando cimento de ionômero de vidro. A prevalência de crianças cárie-ativas com a idade de dois anos foi de 33,3% no grupo controle e 14,7% no grupo experimental. Foi observada diferença significativa na prevalência de cárie entre crianças com e sem placa dentária visível. O número médio de superfícies com lesões de cárie (incluindo as desmineralizações) foi maior para as crianças do grupo controle quando comparadas às do grupo experimental (6,3 x 3,2), porém sem atingir significância estatística. O incremento de cárie na dentição da mãe apresentou correlação significativa com a incidência de cárie na dentição das crianças. Estes dados suportam a evidência de associação entre a incidência de cárie na primeira infância e a presença de placa, assim como a influência significativa de fatores maternos.

The aim of this prospective study was to determine the effectiveness of caries preventive measures started during pregnancy on the caries experience of first-time mothers and their infants. Eighty-one pregnant women with low social background were selected on the basis of the presence of active carious lesions and were randomly divided into control (38) and experimental (43) groups. The initial dental status (DMFS and white spot lesions) was established through clinical examination. The prophylactic measures were repeated during pregnancy and 6 and 12 months after delivery. Both groups received primary care intervention. They were instructed in relation to the etiologic factors of dental caries and received oral hygiene kits. Oral hygiene instructions were reinforced through interactive brushing. The experimental group also received antimicrobial treatment (topical application of NaF and iodine solution immediately after prophylaxis and 3 and 5 days later) and restorative care using glass ionomer cement. By the time the children were 2 years of age, 33.3% of the infants in the control group and 14.7% in the experimental group had caries activity. A significant difference in caries prevalence was observed between children with and without visible dental plaque. The mean number of tooth surfaces with carious lesions (including areas of demineralization) was higher among the children in the control group compared to the experimental group (6.3 x 3.2), however, with no statistical significance. Maternal caries increase was a significant factor influencing the caries experience of the children. These data support the evidence of an association between caries prevalence in young children and clinical (dental plaque) and maternal factors.