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Please use this identifier to cite or link to this item: http://acervodigital.unesp.br/handle/11449/877
Title: 
Fragmentos da história das concepções de mundo na construção das ciências da natureza: das certezas medievais às dúvidas pré-modernas
Other Titles: 
Episodes in the history of conceptions of the world of natural sciences: from medieval certainties to pre-modern doubts
Author(s): 
Nascimento Júnior, Antônio Fernandes
Institution: 
Universidade Estadual Paulista (UNESP)
ISSN: 
1516-7313
Abstract: 
  • A concepção filosófica do mundo se inicia com os gregos sintetizados por Platão e Aristóteles. Para o primeiro o mundo físico é aparente e para se chegar à verdade é preciso se lembrar das idéias originais que determinam seu significado. Para o segundo as coisas físicas são dirigidas pelas idéias e para entendê-las é preciso a lógica. Durante o helenismo a escola de Alexandria elabora o neoplatonismo, a base da Patrística. Após a queda de Roma, os filósofos bizantinos guardam a herança clássica. A Igreja constrói uma visão neoplatônica da cristandade, a Escolástica. No oriente os persas também sofreram a influência grega. Entre os árabes do Oriente o pensamento neoplatônico orienta filósofos e religiosos de forma que para eles a razão e a fé não se separam. Aí a ciências se desenvolvem na física, na alquimia, na botânica, na medicina, na matemática e na lógica, até serem subjugadas pela doutrina conservadora dos otomanos. Na Espanha mulçumana sem as restrições da teologia, a filosofia de Aristóteles é mais bem compreendida do que no resto do Islã. Também aí todas as ciências se desenvolvem rápido. Mas a Espanha sucumbe aos cristãos. Os árabes e judeus apresentam Aristóteles à Europa Ocidental que elabora um Aristóteles cristão. A matemática, a física experimental, a alquimia e a medicina dos árabes influenciam intensamente o Ocidente. Os artesãos constroem instrumentos cada vez mais precisos, os navegadores constroem navios e mapas mais eficientes e minuciosos, os armeiros calculam melhor a forma de lançamento e pontaria de suas armas e os agrimensores melhor elaboram a medida de sua área de mapeamento. Os artistas principalmente italianos, a partir dos clássicos gregos e árabes, criam a perspectiva no desenho, possibilitando a matematização do espaço. Os portugueses, junto com cientistas árabes, judeus e italianos, concluem um projeto de expansão naval e ampliam os horizontes do mundo. Os pensadores italianos, como uma reação à Escolástica, constroem um pensamento humanista influenciado pelo pensamento grego clássico original e pelos últimos filósofos bizantinos. Por todas essas mudanças se inicia a construção de um novo universo e de um novo método, que viria décadas mais tarde.
  • The philosophical concept of world thought begins with the Greeks, synthesized by Plato and Aristotle. For Plato the one physical world is apparent and, to reach the truth, it is necessary to remember the original ideas that determine its meaning. For Aristotle, material things are guided by ideas and logic is needed to understand them. During the Hellenistic period, the school of Alexandria elaborated Neo-Platonism, the base of Patristics. After the fall of Rome, the Byzantine philosophers kept the classic inheritance. The Church built a Neo-Platonic vision of Christianity, Scholastacism. In the east the Persians also came under Greek influence. Among the Arabs of the East Neo-Platonic thought guided philosophers and religious people so that for them reason and faith were not separated. At this point sciences grew: physics, alchemy, botany, medicine, mathematics and logic, until they were overtaken by the conservative doctrine of the Ottomans. In Muslin Spain, without the restrictions of theology, Aristotle's philosophy was better understood than in the rest of Islam.
Issue Date: 
1-Jan-2003
Citation: 
Ciência & Educação (Bauru). Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências, campus de Bauru., v. 9, n. 2, p. 277-299, 2003.
Time Duration: 
277-299
Publisher: 
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências
Keywords: 
  • epistemologia e natureza
  • epistemologia clássica e medieval
  • filosofia das ciências de natureza
  • epistemology and nature
  • classic and medieval epistemology
  • philosophy of the sciences of nature
Source: 
http://dx.doi.org/10.1590/S1516-73132003000200009
URI: 
http://hdl.handle.net/11449/877
Access Rights: 
Acesso aberto
Type: 
outro
Source:
http://repositorio.unesp.br/handle/11449/877
Appears in Collections:Artigos, TCCs, Teses e Dissertações da Unesp

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