Pectina na ração de frangos de corte: digestibilidade, parâmetros zootécnicos e metabolismo lipídico

Abstract

Dois experimentos foram conduzidos com o objetivo de avaliar os efeitos da ingestão contínua de pectina. No primeiro experimento, foram avaliados a digestibilidade da ração, a viscosidade e o tempo de trânsito intestinal. Para isso, 240 frangos de corte macho Cobb® foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizado (DIC), em 4 tratamentos (0, 1, 3 e 5% de pectina) compostos por 6 repetições de 10 aves por unidade experimental. As análises foram realizadas em duas fases: inicial (14 a 18 dias) e crescimento (27 a 31 dias). Os resultados mostraram que com a ingestão de pectina houve melhora da digestibilidade dos nutrientes na fase inicial dos frangos e piora na fase de crescimento, aumento na viscosidade e no tempo de trânsito intestinal e redução na umidade da excreta. No segundo experimento, foram analisados o desempenho e rendimento de cortes aos 35 e 42 dias de idade, o desenvolvimento semanal das aves e o consumo de água, parâmetros bioquímicos plasmáticos, morfometria do tecido adiposo abdominal, morfometria do fígado e teor de lipídio total hepático e dos músculos peitoral maior e gastrocnêmio. Foram utilizados 720 pintos machos Cobb® distribuidos em DIC, composto por 4 tratamentos (0, 1, 3 e 5% de pectina) e 6 repetições de 30 aves por unidade experimental. Na última semana, o consumo de água aumentou com o aumento do nível de pectina na ração. O consumo de até 1% de pectina na ração mantém o desempenho das aves. Aos 42 dias de idade ocorreu redução nos valores de proteína total plasmática com a ingestão de pectina. Os níveis de 3 e 5% reduziram as concentrações de colesterol total e, o nível de 5% reduziram os níveis de HDL. A ingestão de pectina proporcionou diminuição na concentração de lipídio hepático e menor relação entre peso corporal e gordura abdominal com a ingestão de 5% de pectina aos 42 dias. As concentrações...

Two experiments were conducted to evaluate the effects of continuous pectin intake. In the first experiment evaluated the digestibility of feed, the viscosity and intestinal transit time. For this, 240 male Cobb® broilers were distributed in a randomized design in four treatments (0, 1, 3 and 5% pectin) formed by 6 repetitions of 10 birds each. Analyses were performed in two stages: early (14 to18 days) and growth (27 to 31 days). The results showed that the ingestion of pectin had improved the digestibility of nutrients in the initial phase of chickens and worsens during growth, increase in viscosity and intestinal transit time and reduction in moisture of excreta. The second experiment analysed the performance and yield of the 35 and 42 days old, the weekly development of birds and water consumption, biochemical parameters, morphometry of abdominal adipose tissue, liver morphology and hepatic, pectoralis major and gastrocnemius lipid content. We used 720 male Cobb® chicks distributed in a completely randomized design with 4 treatments (0, 1, 3 and 5% pectin) consisting of six replicates of 30 birds each. In the last week, water consumption increased with increase level of pectin in the diet. The consumption up to 1% pectin keeps the performance of broilers.. At 42 days of age there was a reduction in total plasma protein values with the intake of pectin. The levels of 3 and 5% reduced the levels of total cholesterol and the level of 5% reduced levels of HDL. The intake of pectin resulted in decreased hepatic lipid content and lower ratio of body weight and abdominal fat with intake of 5% pectin and 42 days. The lipid concentration in the pectoralis major and gastrocnemius muscles were not influenced by levels of pectin in the same age