Você está no menu de acessibilidade

Utilize este identificador para citar ou criar um link para este item: http://acervodigital.unesp.br/handle/unesp/381320
Título: 
Catedral de Guadalajara. México. Sécs. XVI e XIX
Título alternativo: 
Capitulo II - Catedrais - Patrimônio Colonial Latino-americano: urbanismo, arquitetura, arte sacra
Autor(es): 
Tirapeli, Percival
Resumo: 
A catedral da capital da província de Jalisco remonta os anos de 1571. Sua pedra fundamental foi colocada por Frei Pedro de Ayala, quando a localidade era denominada de Nova Galícia. A planta foi inspirada no modelo do templo de San Justo na cidade espanhola de Alcalá de Henares e modificada em 1585 por Martín de Casillas. Manteve-se o projeto de planta com três amplas naves e abóbadas com nervuras (Kubler, 2009, p. 376). A construção que teve sua primeira decoração interna terminada ainda em 1618 foi consagrada apenas em 1716 pelo bispo Frei Manuel de Mimbela. A localização do imponente edifício que teve sua volumetria ampliada pelo Sagrário em estilo neoclássico e ergue-se diante de grande praça frontal e duas menores, laterais de onde se admira as cúpulas e arremates das torres. A exemplo da catedral da Cidade do México, as obras se estenderam até o século XIX. Um amplo projeto no século XX, inseriu-a no centro de uma praça a formar um enorme cruzeiro sendo aquelas primeiras laterais e na frente e na parte posterior do edifício, uma longa esplanada até o Hospital Cabañas. O frontispício renascentista é dividido em cinco tramos, sendo dois das bases das torres e sobre a grandiosa portada plana, de só um corpo, há um tímpano curvo. No tramo central a porta é ornamentada por dois pares de colunas estriadas com capitéis corintos e sobre o entablamento, três nichos com os santos Pedro e Paulo, nas laterais, e no nicho central a Virgem da Assunção, padroeira da catedral. Este motivo repete-se em relevo no área plana acima. Os dois portais laterais tem colunas estriadas e capitéis dóricos encimados por cornijas e tímpanos retos ornados com esferas. Os óculos redondos destes tramos acompanham as janelas cegas das bases das torres. Os campanários tem oito arcos abertos para receberem os sinos. O arremate pontiagudo, octogonal acima dos óculos ovalados ladeados por mísulas invertidas, mostra-se nos cantos com evidente complementação confirmado pela coloração amarelada dos azulejos e frisados pelos azuis, que são obras posteriores de Manuel Gómez Ibarra executadas em 1854 (González, 2000). O Sagrário com fachada, considerada das primeiras obras neoclássicas mexicanas, é obra de José Gutierrez (1808). Compõe-se como obra autônoma destacando a visibilidade da cúpula disposta sobre diversos planos balaustrados. Vista de perfil, desde a Plaza de Armas, o edifício do Sagrário ganha destaque em especial pela cúpula sustentada por colunas duplas. A galeria na parte lateral e posterior, com arcadas de arcos plenos, horizontaliza todo conjunto sobre o qual destaca-se a cúpula azulejada em amarelo da parte posterior da catedral, obra de Domingo Torres, posterior ao terremoto de 1875. Internamente a catedral mostra-se vetusta, com as três naves amplas da mesma altura caracterizando as plantas das igrejas góticas tardias, tipo salão. As pilastras fasciculadas com meias colunas estriadas tem grandiosos capitéis sendo aqueles centrais, mais avantajados, funcionam como entablamentos, solução também encontrada nas catedrais da Cidade do México e Puebla derivada por sua vez da catedral de Granada. O ambiente medieval estaria completo se ainda permanecesse o coro na nave central, deslocado para a parte superior da porta principal. A ornamentação dos altares é, em sua maioria, do século XIX. A atribuição do projeto da catedral recai sobre Diego de Espinoza, no período maneirista.
Data de publicação: 
2018
Citação: 
TIRAPELI, Percival. Patrimônio Colonial Latino-americano: urbanismo, arquitetura, arte sacra, São Paulo: Edições SESC, 2018. p. 114-115
Publicador: 
Publicadora: Flora Batalha, Texto: Percival Tirapeli, Fotografia: Percival Tirapeli
Palavras-chaves: 
  • Catedrais
  • Guadalajara - México
  • México
  • Patrimônio
  • Eclético
  • Percival Tirapeli
  • Séculos XVI e XIX - Eclético
  • Séc. XVI e XIX - Eclético
  • Patrimônio Colonial Latino-americano
Endereço permanente: 
http://acervodigital.unesp.br/handle/unesp/381320
Tipo de Licença: 
Personalizado
Tipo: 
texto
Aparece nas coleções:Patrimônio Cultural

Arquivos deste item
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Guadalajara - Méxocp - Catedral (1).JPGGuadalajara - México - Catedral3.46 MBJPEGThumbnail
Ver/Abrir
Guadalajara - Méxocp - Catedral (2).JPGGuadalajara - México - Catedral6.18 MBJPEGThumbnail
Ver/Abrir
Guadalajara - Méxocp - Catedral (3).JPGGuadalajara - México - Catedral5.25 MBJPEGThumbnail
Ver/Abrir
Guadalajara - Méxocp - Catedral (4).JPGGuadalajara - México - Catedral4.54 MBJPEGThumbnail
Ver/Abrir
Guadalajara - Méxocp - Catedral (5).JPGGuadalajara - México - Catedral5.44 MBJPEGThumbnail
Ver/Abrir
Guadalajara - Méxocp - Catedral (6).JPGGuadalajara - México - Catedral5.66 MBJPEGThumbnail
Ver/Abrir
Guadalajara - Méxocp - Catedral (7).JPGGuadalajara - México - Catedral2.27 MBJPEGThumbnail
Ver/Abrir
Guadalajara - Méxocp - Catedral (8).JPGGuadalajara - México - Catedral2.66 MBJPEGThumbnail
Ver/Abrir
 

Itens do Acervo digital da UNESP são protegidos por direitos autorais reservados a menos que seja expresso o contrário.