Mosteiro das Capuchinas, Antigua. Guatemala. Séc. XVIII

Abstract

A antiga capital da Guatemala tinha cinco monastérios femininos. As capuchinhas foram as últimas a se instalarem por ordem de Felipe V em 1726. A igreja monástica foi construída pelo arquiteto Diego de Porres desde 1731 até a consagração em 1737. Os sólidos contrafortes valeram a denominação de arquitetura de tremblores (terremotos) por Pál Kelemen e por isto mesmo se salvaram em grande parte da destruição tanto da estrutura interna da igreja como da arcaria do claustro (Kelemen, 1951, p. 122). A fachada da igreja é severa, desornamentada, com uma porta em arco no tramo central, óculo para o coro e nicho clássico para o coroamento. As colunas dos tramos laterais são lisas, circulares com capitéis dóricos. Apenas os entablamentos duplos animam a fachada sombria que se apresenta no pequeno átrio. Internamente os arcos dos cinco tramos que passam de uma pilastra a outra da nave única é que estão estabilizados. As pilastras são planas, estriadas e entre elas há arcos para se posicionar os altares laterais. Um requintado entalhamento corre por toda nave acima dos capitéis dóricos do qual saem os arcos também estriados que dividiam as cúpulas. O claustro destaca-se pelas largas pilastras que sustentam os arcos e espaços compactados interligados por amplas escadarias. Outras soluções arquitetônicas evocam o renascimento de Vignola com um pátio circular no qual estão dezoito celas radiais abertas em arcos para noviças. Duas salas de banhos com abóbadas e aberturas superiores, estreitas, lembrando as salas de banhos romanos.