Caracterização mineralógica, petrológica e química da sulfetação nos reef's da mina Canavieiras, Jacobina, Bahia

Abstract

In the Serra de Jacobina, localized in the North Central portion of the state of Bahia, occours the Jacobina Group. It’s a sedimentary basin and the gold deposit is stocked on the basal portion, which consist on quartzites intercalated with oligomítico metaconglomerates of Serra do Córrego Formation. There are controversies about the origin of the gold mineralization, but the currently most accepted hypothesis corresponds to a paleoplacer deposit with subsequent ore remobilization and concentration by hydrothermal process. The sulphidation is one of the main results of hydrothermal process, which was more detail characterized, besides identifying if there was more than one sulfides phase generation and its relationship with gold mineralization. The analyzes were performed from the main reef's (metaconglomerates mineralized levels) of Mine Canavieiras: Maneira, Holandez, Liberino, Piritoso, MU and LU. Chemical analyzes semi-quantitative were developed with EDS in MEV and also petrographics analyses. The main sulfide is pyrite, followed by chalcopyrite. Six groups of pyrite were classified according with chemical composition, however they show similarities in their habit and occurrence. Were identified four types of chlorite, labeled A, B, C, D. Gold occurs in free form, associate to pyrites, to Fe-Ti-Muscovite, to chlorite type B and to microfractures with iron hydroxide. Gold presents three different compositions: pure, with Ag or associated with U-Zr. The results of chemical analysis showed that the hydrothermal process have as their main source, ultramafic rocks present in the Jacobina Basin

Na Serra de Jacobina, localizada na porção Centro-Norte do estado da Bahia, ocorre o Grupo Jacobina. É uma bacia metassedimentar e sua porção basal hospeda o depósito de ouro em um pacote de quartzitos intercalados com metaconglomerados oligomíticos, reunidos na Formação Serra do Córrego. Há controvérsias em relação a origem da mineralização do ouro, mas a hipótese atualmente mais aceita corresponde a um depósito paleoplacer com posterior remobilização e concentração através de alterações hidrotermais. A sulfetação é uma das alterações hidrotermais presentes e neste trabalho, pretendeu-se caracterizá-la melhor, identificando se ocorreu mais de uma fase de geração de sulfetos e qual a relação com a mineralização de ouro. As análises foram realizadas a partir dos principais reef’s (níveis de metaconglomerados mineralizados) da Mina Canavieiras: Maneira, Holandez, Liberino, Piritoso, MU e LU. Foram realizadas análises petrográficas e análises químicas semi-quantitativas com EDS em MEV. O principal sulfeto é a pirita, seguida pela calcopirita. Foram identificados seis grupos de composição química diferente entre os sulfetos, mas apresentam semelhanças quanto ao hábito ou modo de ocorrer. Foram identificadas e diferenciadas quatro tipos de clorita, denominadas de A, B, C, D. O ouro ocorre de forma livre, associado as piritas, associado a Fe-Ti-Muscovita, associado a clorita tipo B e em microfraturas com hidróxido de Ferro e apresentam composição pura, com Ag ou associado a U com Zr. Os resultados da análise química evidenciaram que as alterações hidrotermais tiverem como principal fonte, as rochas ultramáficas presentes na Bacia de Jacobina