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Please use this identifier to cite or link to this item: http://acervodigital.unesp.br/handle/11449/127235
Title: 
Equívocos na leitura da teoria de Jean Piaget
Other Titles: 
Erreurs dans la Lecture de la Théorie de Jean Piaget
Author(s): 
Silva, Nelson Pedro da
Institution: 
Universidade Estadual Paulista (UNESP)
ISSN: 
1984-1655
Abstract: 
  • Dans cet article, nous présentons l'analyse des erreurs commises par rapport à l'épistémologie génétique et la psychologie de Jean Piaget. Nous nous appuyons sur un essai publié dans un périodique brésilien concernant la constitution du sujet d’enfance et la théorie de Piaget. Nous avons comme but d’aider à reprendre la «vraie» théorie de Piaget et de donner un aperçu aux lecteurs à fin de ne pas reproduire de telles erreurs ou être confrontés à de différents sens donnés à la même théorie. En ce qui concerne l'analyse, les auteurs du rapport disent que l'homme est le résultat de différents stades de développement et de ses phases. Cependant, en cherchant à expliquer comment les structures logiques deviennent nécessaires, Piaget a affirmé de ne pas rien avoir inventé. Il a conclu que la constitution des structures opératoires est le résultat de l'interaction du sujet avec le milieu, à condition qu'il dispose de certaines conditions prealables et qu’il soit capable d' établir ses rapports De cette manière, s'il a identifié des moments de la psychogenèse cognitive, il l’a fait grace à la constatation de que les sujets, dans cette interaction avec le milieu, finissaient par construire des manières qualitativement différentes de comprendre et gérer la réalité. Ainsi, Piaget n'a pas cherché de mettre les individus dans des phases ou périodes, artificiellement. Une autre erreur est celui de considérer que Piaget soit adepte de la dicotomie normalité/ anormalité. Ses préoccupations sont de nature épistémologique, et s'il est parvenu à formuler une psychologie, cela avait comme but de donner une base scientifique à sa théorie de la connaissance. Encore une autre confusion a lieu quand on affirme que Piaget a identifié les enfants aux peuples primitifs. Il a seulement dit que la nécessité d’entrer en relation avec le milieu est égale pour l'homme primitif comme pour celui d'aujourd'hui; par conséquent, le fonctionnement est le seul élément biologique considéré par Piaget, vu que tous les êtres vivants cherchent à s’adapter à la réalité. D’après cet angle, on constate que, de la même manière que l’homme primitif a été un enfant - comme ceux d’aujourd'hui - il a cherché à interagir avec le milieu à fin d'assurer sa survie. Il arrive que ses demandes étaient élémentaires du point de vue logico-mathématique, contrairement à nos jours. Une autre erreur consiste à dire qu'il a soupçonné ou admis que les processus de pensée reconnaissaient une organisation logique. Il ne s’agit pas de soupçon ni d'admission, mais d´une nécéssité. Faute de cette fondation, tout le bâtiment piagétien s’effondrerait. Nous concluons que le concept de progrès et l'état de l'intelligence sous-entendent la critique des auteurs. Malgré cela, et même pas sans admettre les explications formulées par Piaget, c’est le fait de que les censeurs doivent faire face à une vérité: indépendamment de la culture ou du moment historique, les enfants agissent toujours de la même manière, en cherchant à donner un sens à la réalité. Nous pouvons donc être d’accord ou en désaccord avec l'explication de Piaget. Cependant, il y a quelque chose qui ne doit pas être ignorée: la contribution apportée par Piaget vers la compréhension de la logique du fonctionnement mental.
  • No presente artigo, apresentamos análise de equívocos cometidos em relação à epistemologia e à psicologia genéticas. Amparamo-nos, para fazê-la, em ensaio publicado em periódico brasileiro sobre a constituição do sujeito infantil e a teoria piagetiana. Objetivamos contribuir para resgatar a “verdade” da teoria piagetiana e oferecer subsídios aos leitores para que não reproduzam tais erros ou se deparem com sentidos diferentes dados a uma mesma teoria. Quanto à análise, os autores do artigo afirmaram que o homem é fruto das diversas etapas e fases desenvolvimentistas. Todavia, ao buscar explicar como as estruturas lógicas tornam-se necessárias, Piaget afirmou não ter inventado nada. Ele e seus colaboradores concluíram ser a constituição das estruturas operatórias fruto da interação do sujeito com o meio, desde que ele tenha condições e demande esse relacionamento. Dessa forma, se ele rotulou momentos da psicogênese cognitiva, foi por ter verificado que os sujeitos, nessa interação com o meio, acabavam por construir maneiras qualitativamente diferentes de compreender e de lidar com o real. Logo, Piaget não buscou colocar a fórceps os indivíduos em fases ou períodos. Outro erro é considerar Piaget adepto do par normalidade/anormalidade. Suas inquietações são de ordem epistemológica e, se ele chegou a formular uma psicologia, foi com o objetivo de dar fundamento científico a sua teoria do conhecimento. Outra confusão é dizer que Piaget equiparou as crianças aos povos primitivos. Ele declarou, apenas, que a necessidade de se relacionar com o meio é igual tanto para o homem primitivo quanto para as pessoas de hoje; portanto, o funcionamento é o único elemento biológico considerado por Piaget, pois todos os seres vivos buscam adaptar-se à realidade. Tomando por esse ângulo, depreende-se que, assim como o homem primitivo foi criança – como as de hoje –, ele buscou relacionar-se com o meio, visando garantir a sua sobrevivência. Acontece que as solicitações deste eram elementares, diferentemente das atuais. Logo, Piaget não defendeu a noção de que a filogênese se reproduz na ontogênese. Outro equívoco é dizer que ele suspeitou ou admitiu que os processos de pensamento reconhecem uma organização lógica. Não se trata de suspeita e tampouco de admissão. Sem essa base, todo o edifício piagetiano se desmontaria. Concluímos que subjaz na crítica dos autores, o conceito de progresso e de status da inteligência. Apesar disso e mesmo não admitindo as explicações formuladas por Piaget, é fato que os censores devem se deparar com uma verdade: independentemente da cultura e do momento histórico, as crianças agem sempre da mesma forma, isto é, buscando dar sentido ao real. Podemos, dessa forma, concordar ou não com a explicação piagetiana. Todavia, há algo que não podemos desprezar: a contribuição dada por Piaget à compreensão da lógica de funcionamento mental.
Issue Date: 
2012
Citation: 
Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas, v. 4, n. 2, p. 3-25, 2012.
Time Duration: 
3-25
Keywords: 
  • Piaget
  • Épistémologie génétique
  • Psychologie génétique
  • Psychologie du développement
  • Piaget
  • Epistemologia Genética
  • Psicologia genética
  • Psicologia do desenvolvimento
Source: 
http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/scheme/article/view/2408/0
URI: 
Access Rights: 
Acesso aberto
Type: 
outro
Source:
http://repositorio.unesp.br/handle/11449/127235
Appears in Collections:Artigos, TCCs, Teses e Dissertações da Unesp

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