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Please use this identifier to cite or link to this item: http://acervodigital.unesp.br/handle/11449/127504
Title: 
De um falsário a outro, de patranhas viageiras a legados críveis (século XV)
Other Titles: 
From one forger to another, from tall travel tales to a credible legacy (15th Century)
Author(s): 
França, Susani Silveira Lemos
Institution: 
Universidade Estadual Paulista (UNESP)
ISSN: 
0101-9074
Abstract: 
  • In the 15th and early 16th centuries, when traveling eastward and westward no longer proved extraordinary, travel writings, such as those of Marco Polo or Jean de Mandeville, were printed and reprinted and have been in the world of exchanges and acquisitions both in Portugal and in other parts of Europe. However, although they have played a key role in defining foreign worlds for Europe, reflecting the aspirations of their time and providing news about the universe to be discovered, these reports do not always necessarily tell of trips that were actually taken. Several of them, on the contrary, do no more than draw together, for contemporary readers, passages of interest taken from other writings; passages which, based on their regularity and frequency, would allow for a narrative staged as travel to be taken as truth for contemporaries and immediate successors. In the Iberian Peninsula of the late 15th century, an account written by an author about whom nothing is known, Gomez de Santisteban, who defines himself as a companion of Prince Pedro on a supposed trip to the Holy Land, was among those reports integrated into the description and the perception of the land being discovered. The driving question of this paper is, therefore, how Santisteban, though he wrote memories of trips that he did not take, achieved credibility like those travelers whose trips have been recognized as authentic.
  • Nos séculos XV e início do XVI, quando viajar para o leste e para o oeste já não se mostrava tão extraordinário, as relações de viagem, como as de Marco Polo ou Jean de Mandeville, foram impressas e reimpressas e estiveram no universo das trocas e aquisições tanto em Portugal quanto em outras partes da Europa. Apesar, entretanto, de terem cumprido papel fundamental para definir os mundos alheios para os europeus, traduzindo as aspirações do seu tempo e alimentando novas acerca do universo a ser conhecido, esses relatos nem sempre narram viagens necessariamente realizadas. Vários deles, ao contrário, não fazem mais do que reunir, para seus contemporâneos, passagens de interesse extraídas de outros escritos, passagens que, por sua regularidade e frequência, permitiram que um relato, apenas encenado como de viagem, fosse aceito como verdadeiro para os contemporâneos e sucessores imediatos. Na Península Ibérica do final do século XV, um relato escrito por um autor de quem nada se sabe, Gómez de Santisteban, que se auto-define como acompanhante do Infante D. Pedro a uma suposta viagem à Terra Santa, esteve entre esses relatos que integraram a descrição e a própria percepção das terras que vinham sendo conhecidas. A questão condutora deste texto é, pois, como Santisteban, embora tenha textualizado memórias de viagens que não fez, conseguiu alcançar credibilidade tal como viajantes cujas viagens foram reconhecidas como autênticas.
Issue Date: 
1-Jun-2015
Citation: 
História (São Paulo), v. 34, n. 1, p. 92-108, 2015.
Time Duration: 
92-108
Publisher: 
Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho
Keywords: 
  • Royal travels
  • Imaginary travels
  • Memory
  • 15th century
  • Portugal
  • Viagens reais
  • Viagens imaginárias
  • Memória
  • Quatrocentos
  • Portugal
Source: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-90742015000100092&lng=pt&nrm=iso&tlng=en
URI: 
Access Rights: 
Acesso aberto
Type: 
outro
Source:
http://repositorio.unesp.br/handle/11449/127504
Appears in Collections:Artigos, TCCs, Teses e Dissertações da Unesp

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