Sobre a promoção da saúde na contemporaneidade: um desafio ao farmacêutico educador

Abstract

One of the tasks and challenges of the pharmacist as a health professional, is to be an educator. When acting in the public sector, which has direct contact with system users, mainly aimed at the correct and rational use of medicines, going back to what is expected from a policy of health promotion, as recommended by the Ottawa Charter of 1986. Know is that the abuse of drugs is increasingly part of the Western culture where the prevailing malaise or any kind of suffering, then transformed into illness, should be terminated at any price with drug use. The issue of medicalization in contemporary Western society, while a biopolitical device has weakened the human being into what you can be more powerful, ie, the relationship with others and with yourself, what Foucault calls self-care and can be explained as a particular and vehemently attention to the body. During the execution of this work meetings with a group of users of a municipal pharmacy Piracicaba were performed in order to understand how they perceive and understand patients and what they do to feel better, with the intention of the authors to contextualize support to my reflections. Therefore, I intend to defend in this work, the importance of the pharmacist's role as an educator since his area of expertise is extensive in the field of health promotion and their specific knowledge in the area will provide a basis for social action directed to instruct and guide users drugs so as to become able to take responsibility for their own health modifying ways of living and thus promote their own health and conditions for the development of a healthy society

Uma das funções e desafios do farmacêutico, enquanto profissional de saúde, é a de ser educador. Quando atua no setor público, onde tem contato direto com os usuários do sistema, visa principalmente o uso correto e racional de medicamentos, indo ao encontro do que se espera de uma politica de Promoção da Saúde, preconizada pela Carta de Ottawa de 1986. Sabe-se que o uso abusivo de medicamentos está cada vez mais fazendo parte da cultura ocidental, onde prevalece que o mal-estar ou qualquer tipo de sofrimento, então transformados em doença, devem ser extintos a qualquer preço, com o uso de medicamentos. A problemática da medicalização na contemporaneidade da sociedade ocidental, enquanto um dispositivo biopolítico, tem enfraquecido o ser humano naquilo que lhe pode ser mais potente, ou seja, a relação com o outro e consigo mesmo, o que Foucault chama de cuidado de si e pode ser explicado como uma maneira particular e veemente de atenção com o corpo. Durante a execução do presente trabalho foram realizados encontros com um grupo de usuários de uma farmácia municipal de Piracicaba, a fim de entender como estes se percebem e se entendem doentes e o que fazem para se sentirem melhor, com a intenção de contextuar os autores que dão suporte às minhas reflexões. Portanto, pretendo defender neste trabalho, a importância do papel do farmacêutico como educador uma vez que sua área de atuação é extensa no campo da promoção da saúde e seus saberes específicos na área lhe dão subsídios para uma atuação social voltada para instruir e orientar os usuários de medicamentos de modo a se tornarem capazes de se responsabilizarem pela própria saúde modificando suas formas de viver e, assim, promover a própria saúde e as condições para o desenvolvimento de uma sociedade saudável