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http://acervodigital.unesp.br/handle/11449/135878
- Title:
- Efeitos da melatonina sobre a inflamação e o estresse oxidativo tecidual de pacientes submetidos à laparoscopia cirúrgica
- Effects of melatonin on oxidative stress and inflammation in tissue of patients undergoing surgical laparoscopy
- Volquind, Daniel
- Universidade Estadual Paulista (UNESP)
- A melatonina foi isolada em 1958 e múltiplas funções desta molécula passaram a ser esclarecidas. As ações em receptores específicos de membrana, ligados à proteína G são responsáveis pelo controle do ciclo circadiano e do ritmo sazonal, no entanto a atividade como varredor dos radicais livres de oxigênio e outros mediadores do metabolismo oxidativo não são mediadas por receptores. A geração de EROS está diretamente ligada ao dano celular e tecidual, sendo a isquemia e a reperfusão (I/R), os mecanismos fisiopatológicos que mais contribuem para o desequilíbrio entre moléculas oxidantes e antioxidantes, resultando no estresse oxidativo. A insuflação da cavidade peritoneal com gás carbônico promove I/R causando desfechos deletérios ao paciente. Com o objetivo de estudar os efeitos da melatonina sobre a inflamação e o estresse oxidativo peritoneal e a expressão gênica das proteínas MTNR1A e MTNR1B entre os pacientes submetidos à laparoscopia cirúrgica, que receberam ou não a melatonina, foram randomizados 80 pacientes em 2 grupos de 40 pacientes cada para receber melatonina (GMEL) - 20mg via oral 12 horas antes e 1 hora antes do procedimento, respectivamente - e 40 pacientes para receber placebo (GPLA) - 12 horas antes e 1 hora antes do procedimento, respectivamente. Amostras de peritônio parietal foram coletadas 10 minutos após o início do pneumoperitônio e 3 minutos após o final do mesmo. A morfologia tecidual foi avaliada no exame histopatológico de lâminas coradas com hematoxilina- eosina para os parâmetros relacionados à inflamação e por meio de análise imuno-histoquímica para a expressão gênica das proteínas MTNR1A e MTNR1B. O GMEL apresentou redução estatisticamente significativa na intensidade das variáveis inflamatórias (IF, LP, CV e ED) quando comparado com o GPLA (p = 0,001). A expressão das proteínas MTNR1A e MTNR1B não mostraram diferenças entre os grupos estudados. O principal achado deste estudo foi a redução nas variáveis inflamatórias estudadas, induzidas pela melatonina. Observou-se no grupo GMEL uma diminuição no grau de infiltrados inflamatórios nas biópsias peritoneais. Este achado permite inferir que houve também uma diminuição do estresse oxidativo. A administração exógena de melatonina não mostrou influência na expressão gênica das proteínas MTNR1A e MTNR1B. O presente estudo teve como principais limitações o não estudo das citocinas inflamatórias e dos marcadores envolvidos no estresse oxidativo. Entretanto, a atenuação induzida pela melatonina nas reações inflamatórias teciduais, observadas pela análise histopatológica, permite deduzir que a não realização destas análises pouco influenciariam na conclusão do estudo. Em conclusão, nas condições empregadas neste estudo, os resultados demonstram que a melatonina diminui a inflamação peritoneal, e potencialmente, o estresse oxidativo nos pacientes submetidos à laparoscopia cirúrgica, além de atenuar o grau de inflamação, de infiltração de células inflamatórias, de edema endotelial e congestão vascular no peritônio parietal destes pacientes. No entanto, a melatonina não modificou a expressão gênica das proteínas MTNR1A e MTNR1B nos pacientes submetidos à laparoscopia cirúrgica.
- Melatonin was isolated in 1958 and multiple functions of this molecule have been clarified. The actions on specific receptors of membrane, attached to the G protein-coupled receptors are responsible for the control of circadian and seasonal rhythm cycle, however the activity as free radical oxygen scavenger and other mediators of oxidative metabolism are not mediated by receptors. The generation of EROS is directly linked to cellular damage and tissue ischemia and reperfusion being (I/R), the pathophysiological mechanisms that contribute most to the imbalance between oxidants and antioxidants molecules, resulting in oxidative stress. The peritoneal cavity insufflation with carbon gas promotes I/R causing deleterious outcomes for the patient. In order to study the effects of melatonin on the peritoneal inflammation and oxidative stress and genic expression of the proteins MTNR1A and MTNR1B among patients undergoing surgical laparoscopy who received or not melatonin, 80 patients were randomized into 2 groups of 40 patients each to receive melatonin (GMEL) - 20 mg orally 12 hours before and 1 hour before the procedure, respectively -and 40 patients to receive placebo (GPLA) - 12 hours before and 1 hour before the procedure, respectively. Parietal peritoneum samples were collected 10 minutes after the beginning of the pneumoperitoneum and 3 minutes after the end of it. Tissue morphology was evaluated on histopathological examination of slides stained with hematoxylin-eosin for parameters related to inflammation and through immunohistochemistry analysis for protein expression of MTNR1A and MTNR1B. The presented statistically significant reduction in GMEL intensity of inflammatory variables (IF, LP, HP and ED) when compared with the GPLA (p = 0.001). The genic expression of MTNR1A and MTNR1B proteins show no differences between the groups. The main finding of this study was the reduction in inflammatory variables studied, induced by melatonin. It was observed in the GMEL a decrease in degree of inflammatory infiltrates in peritoneal biopsies. This finding allows us to infer that there was also a decrease in oxidative stress. Exogenous melatonin administration showed no influence on genic expression of MTNR1A and MTNR1B proteins. The present study had as main limitations the study not of inflammatory cytokines and markers involved in oxidative stress. However, the melatonina induced attenuation in inflammatory tissue reactions, observed by histopathological analysis, allows to deduce that the non realization of these analyses little influence at the conclusion of the study. In conclusion, under the conditions employed in this study, the results show that melatonin decreases the peritoneal inflammation, and potentially, the oxidative stress in patients undergoing laparoscopy surgical, as well as mitigate the degree of inflammation, inflammatory cells infiltration, endothelial edema and vascular congestion in the parietal peritoneum of these patients. However, melatonin does not modify the genic expression of MTNR1A and MTNR1B proteins in patients undergoing surgical laparoscopy.
- 29-Jan-2016
- Universidade Estadual Paulista (UNESP)
- Melatonina
- Estresse oxidativo
- Peritônio
- Colecistectomia laparoscópica
- Melatonin
- Inflammation
- Oxidative stress
- Peritoneum
- Cholecystectomy laparoscopy
- Acesso aberto
- outro
- http://repositorio.unesp.br/handle/11449/135878
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