A (in)visibilidade dos prazeres, das sexualidades e dos gêneros e a parresia na formação queerizada em Psicologia: narrativas de outras perspectivas e experiências docentes

Abstract

Esta pesquisa se enunciou a partir de questionamentos acerca dos constantes embates vivenciados em sala de aula ao trazermos a temática de outras sexualidades, outros prazeres e de outras expressões de gênero, dissidentes dos modelos identitários heteronormativos, em nosso cotidiano universitário. Destes tensos encontros, anunciaram-se indagações como: - Que Psicologias estamos ensinando? - Que psicólog@s estão se formando atualmente? E mais uma indagação ainda: - Há uma identidade psi? Nesta pesquisa, agenciam-se através de sete narrativas outras possibilidades de nomearmo-n@s psicólog@s, pois esta pesquisa valora as tecnologias e os conjuntos de estratégias que tanto podem contribuir para a ampliação das Psicologias e suas conexões com a realidade e os movimentos sociais, quanto denunciando as estratégias que podem aprisioná-las em conceitos e metodologias descontextualizadas que reificam biopolíticas de manutenção ao Estado neoliberal. Os mapas que se desenharam nesta pesquisa-implicação, se compõem pelas ferramentas da cartografia e da genealogia, acompanhadas de autores como Michel Foucault, Gilles Deleuze e Félix Guattari, além de autor@s feministas como Donna Haraway e Paul B. Preciado. As cartografias anunciadas através dos capítulos destacam o necessário agenciamento de novos contratos éticos - estéticos e políticos nos territórios da formação em Psicologia, para a produção de outras Psicologias e que produzam outr@s modos de estar psicólog@s, através de desterritorizalizações das teorias tradicionais e de procedimentos de mensuração das vidas, com claras e pouco ingênuas, intenções de desconstrução das estratégias enrijecidas construídas e validadas pelas Psicologias de pastoreio, em prol da emancipação das experimentações dos corpos nas práticas sexuais, afetivas políticas e éticas de Psicologias e psicólog@s queerizad@s.

The following research has been enunciated from questions about the constant clashes lived in a classroom when themes regarding other sexualities, pleasures and another gender expressions, dissidents from the heteronormative identities are brought up, on a College everyday. From such tense rendezvous, some quests were summoned, such as: - Which psychology we are teaching? - What kind of psychologists are graduating nowadays? And, yet, one other quest: - Is there a psi identity? Within this research, through seven narratives, other possibilities of naming ourselves psychologist in any gender are allocated. Due to this research’s values the techniques and the amount of strategies that can as contribute for the magnification of the psychologies and their connexions with reality and the social movements, as denouncing the strategies that can enclosure them in concepts and descontextualized methodologies which reificate biopolitics of maintenance to the Neoliberal state. The maps in which such research-implication had drawn, are composed by the cartography and genealogy tools, accompanied by authors such as Michel Foucault, Gilles Deleuze and Félix Guattari, besides of feminists authors e.g: Donna Haraway and Paul B. Preciado. The cartographies that were announced through the chapters highlight the necessary agency of new ethic-aesthetic and political contracts within the territory of psychology graduation In order to produce other psychologies and hence creating other methods of psychological being. This can be achieved through deterritorialisation of traditional theories and life measuring procedures, with clear and little naive, intentions of debuilding of strategies, brought forth and validated for the sheperd psychology, in aid of the emancipation of the experimentations of bodies in sexual practices, affective, politics and ethics of psychologies and queerized psychologists.