As características da temperatura do ar em bairros com produção do espaço urbano distintas: uma análise do Parque Higienópolis e Jd. Morada do Sol em Presidente Prudente-SP

Abstract

The process of urbanization in Brazilian cities, for many times was not carried out taking into account the characteristics and geographical contexts, so in its environmental dimension, as in the sociospatial. With the intensification of the process of urbanization, from the Industrial Revolution, the changes in the natural environment were more incisive, and consequently the environmental problems were aggravated. Increasing urbanization without effective planning, made and causes environmental degradation increases, and affects to some extent the quality of life of the population. It is true that these changes made by society in urban areas in particular result in serious environmental problems such as: the impacts of rainfall, air pollution, the drop in relative humidity, flooding, landslides and increasing the air temperature. In this context, the production of microclimates and urban climates, reflect the environmental and quality of life in the cities. Among the causes of this process are also a number of economic and social elements that affect the uneven production in the intra-urban space, and that has been configured in different environmental problems. This is the reality in most tropical cities in Brazil. Thus, this study aimed to characterize the temperatures of the Parque Higienopolis and Jardim Morada do Sol, according to the weather systems and building standards, taking into account differences in the production of urban space, making an analysis comparatively geographic because it is known that the population is distributed unevenly in the territory, according to the different social classes. For this, we considered the theoretical and methodological apparatus of the Urban Climate System, from the thermodynamic canal, and the Geography of the Climate approach...

O processo de urbanização nas cidades brasileiras, por muitas vezes não foi realizado levando-se em consideração os contextos geográficos, ou seja, tanto em sua dimensão ambiental, quanto na socioespacial. Com a intensificação da urbanização, a partir da Revolução Industrial, as modificações do meio natural foram mais incisivas, e consequentemente os problemas ambientais foram agravados. A crescente urbanização sem um planejamento eficaz, fez e faz com que a degradação ambiental aumente, e afete de certa forma a qualidade de vida da população. É certo que essas modificações realizadas pela sociedade no meio urbano, em especial, resultam em graves problemas ambientais, tais como: os impactos decorrentes das precipitações, a poluição do ar, a queda na umidade relativa do ar, as enchentes, os deslizamentos e o aumento da temperatura do ar. Nesse contexto, a produção de microclimas e climas urbanos, áreas verdes de lazer, tratamento sanitário etc, refletem no bem estar ambiental e de vida nas cidades. Dentre as causas desse processo, encontram-se também uma série de elementos econômicos e sociais, que interferem na produção desigual, no espaço intraurbano, e que tem se configurado em diferentes problemas ambientais. Essa é a realidade na maior parte das cidades tropicais no Brasil. Sendo assim, esta pesquisa teve como objetivo principal, caracterizar as temperaturas do Parque Higienópolis e Jd. Morada do Sol, de acordo com os sistemas atmosféricos e os padrões construtivos, comparando-as com o ambiente rural, e levando-se em consideração as diferenças na produção do espaço urbano, fazendo-se uma análise comparativamente geográfica, pois é sabido que a população se distribui de forma desigual no território, conforme os diferentes segmentos sociais. Para isso, foram considerados o aparato teórico-metodológico do Sistema Clima Urbano, a partir do canal Termodinâmico, e a abordagem da Geografia...