Ação do Diazepam® frente a infecção experimental com Leptospira interrogans sorovar Pomona em hamster (Mesocricetus auratus)

Abstract

Benzodiazepines, diazepam specifically, are the most indicated drugs from psychotropics, and there are evidences of its immunosuppressor effects. This study was aimed to evaluate the immunosuppression action of this drug in leptospiral infection in hamster. Four groups of 10 animals were used: G1, treated with 1 mL of Fletcher media and sacrificed after 86 hours; G2, inoculated with 1 mL Leptospira interrogans serovar Pomona suspension in Fletcher media, with 106 microorganisms; G3, inoculated as G2 and treated with 1.5 mg.Kg-1 of diazepam at the time of the inoculation, and G4, inoculated as G2 and treated before the inoculation with the same doses of diazepam during 5 days. For the isolation and quantification of leptospires from kidneys, the cultures were assayed in Fletcher media, in 10-1 , 10-2 , 10-3 and 1:4, 1:16 e 1:64 dilutions, respectively, in antibiotic saline solution (ASS). The animals from G2, G3 and G4 had been sick and dead until 86 hours post-inoculation (p.i.). For the quantification of leptospires in animals from G2, its isolation was identified until 26th day, but nine animals (90%) were positives in 1:64 dilution, and the others in 1:16 dilution. In G3 and G4 the isolation of leptospires was observed since 18th day p.i., but these results had been kept until 24 and 23 days in G3 and G4, respectively. The recovery of leptospires in G2 was possible in 80% animals only since the 26th day p.i., while in G3 and G4 it was observed in 40% and 20%, 24 and 23 days p.i., respectively. These results show lower leptospiral concentration in groups treated with diazepam, and higher “in vitro” incubation period. No difference in G3 and G4, based on the incubation period was observed. However, diazepam influenced the immune response of hamsters infected with L. interrogans serovar Pomona, with low bacterial recover in kidneys, suggesting other mechanisms involved in the immune response not affected by the benzodiazepines.

Los benzodiazepínicos, dentro ellos el diazepam, están entre las drogas más prescritas dentro de la clase de psicotrópicos, y hay evidencias de sus efectos inmunosupresores. Este estudio tuvo como objetivo evaluar la acción inmunosupresora de este fármaco en la infección leptospírica en hámsteres. Fueron utilizados 4 grupos de 10 animales, a saber: G1, tratado solamente con 1 mL de medio de Fletcher y sacrificado después de 86 horas; G2, inoculado con 1 mL de suspensión de Leptospira interrogans sorovar Pomona en medio de Fletcher, contiendo 106 microorganismos; G3, inoculado como el G2, y tratado con 1,5 mg.Kg-1 de diazepam en el momento de la inoculación, y G4, inoculado como G2, y tratado antes de la inoculación con la misma dosis de diazepam durante 5 días. Para el aislamiento y cuantificación de leptospiras a partir de los riñones, las culturas fueron realizadas en medio de Fletcher, en las diluciones 10-1 , 10-2 , 10-3 , y 1:4, 1:16, 1:64, respectivamente, en solución salina con antibiótico (SSA). Los animales del G2, G3 y G4 adolecieron y murieron en hasta 86 horas pos-inoculación (p.i.). Para la cuantificación de leptospiras en los animales de G2 fue obtenido su aislamiento hasta el 26 día, siendo que nueve animales (90%) fueron positivos en la dilución 1:64 y el resto en la dilución 1:16. En G3 y G4 fue obtenido el aislamiento de leptospiras desde el 18 día p.i., siendo que estos resultados fueron mantenidos por hasta 24 y 23 días en G3 y G4, respectivamente. Cuanto a la recuperación de leptospiras en G2, su aislamiento fue posible en 80% de los animales solamente desde el 26º día p.i., en cuanto que en G3 y G4 fue obtenido en 40% y 20% de estos, 24 y 23 días p.i. de, respectivamente. Estos resultados muestran una menor concentración de leptospiras en los grupos tratados con diazepam, bien como mayor período de incubación “in vitro”. No fue notada diferencia cuanto al período de incubación entre los animales de G3 e G4. Por lo tanto, diazepam influenció la respuesta inmune de hámsteres infectados con L. interrogans sorovar Pomona, con baja recuperación bacteriana en los riñones, sugiriendo otros mecanismos envueltos en la respuesta inmune no afectados por el benzodiazepínico.

Os benzodiazepínicos, entre eles o diazepam, estão entre as drogas mais prescritas dentro da classe de psicotrópicos, e há evidências de seus efeitos imunossupressores. Este estudo teve como objetivo avaliar a ação imunossupressora deste fármaco na infecção leptospírica em hamsters. Foram utilizados 4 grupos de 10 animais, a saber: G1, tratado somente com 1 mL de meio de Fletcher e sacrificado após 86 horas; G2, inoculado com 1 mL de suspensão de Leptospira interrogans sorovar Pomona em meio de Fletcher, contendo 106 microorganismos; G3, inoculado como o G2, e tratado com 1,5 mg.Kg-1 de diazepam no momento da inoculação, e G4, inoculado como G2, e tratado antes da inoculação com a mesma dose de diazepam durante 5 dias. Para o isolamento e quantificação de leptospiras a partir dos rins, as culturas foram realizadas em meio de Fletcher, nas diluições 10-1 , 10-2 , 10-3 e 1:4, 1:16 e 1:64, respectivamente, em solução salina com antibiótico (SSA). Os animais do G2, G3 e G4 adoeceram e morreram em até 86 horas pós-inoculação (p.i.). Para a quantificação de leptospiras, nos animais do G2 obteve-se o seu isolamento até o 26º dia, sendo que nove animais (90%) foram positivos na diluição 1:64 e o restante na diluição 1:16. No G3 e G4 obteve-se o isolamento de leptospiras a partir do 18º dia p.i., sendo que estes resultados mantiveram-se por até 24 e 23 dias no G3 e G4, respectivamente. Quanto à recuperação das leptospiras no G2 o seu isolamento foi possível em 80% dos animais somente a partir do 26º dia p.i., enquanto que no G3 e G4 obteve-se em 40% e 20% deles, 24 e 23 dias p.i., respectivamente. Estes resultados mostram uma menor concentração de leptospiras nos grupos tratados com diazepam, bem como maior período de incubação “in vitro”. Não se notou diferença quanto ao período de incubação, entre os animais inoculados do G3 e G4. Portanto, o diazepam influenciou a resposta imune de hamsters infectados com L. interrogans sorovar Pomona, com baixa recuperação bacteriana nos rins, sugerindo outros mecanismos envolvidos na resposta imune não afetados pelo benzodiazepínico.