A importância da dimensão estética para educadores da infância

Abstract

Este relato de experiência ocorreu no Município de São Bernardo do Campo, São Paulo, no ano de 2009 com equipes gestoras de escolas municipais de educação infantil. A formação destes gestores é comumente coordenada por Orientadores Pedagógicos da Secretaria de Educação, cuja atribuição de escolas é realizada periodicamente. O grupo já havia sido acompanhado por mim, cujas discussões ocorreram sobre a formação de educadores da infância. As equipes gestoras eram compostas de diretores, vice-diretores e coordenadores debatendo os perfis necessários aos educadores mais sensíveis às crianças e ao diálogo com elas. A instância de reflexões constituiu-se em espaço para compartilhar observáveis em relação às escolas e educadores, sendo comum o olhar para relações esvaziadas de afeto, havendo distanciamentos e sisudez nas relações com as crianças de 3 a 5 anos. Mapeadas as problemáticas comuns, o eixo de aprofundamento foi a formação estética como alternativa disparadora para sensibilizar e afetar educadores para a educação humanizadora. Os encontros com gestores visaram estas sensibilizações nos quais puderam experimentar linguagens corporais e das artes visuais, deslocando sua forma também rígida e histórica de ser formador do educador da infância. Experimentaram brincadeiras tradicionais da infância, danças, vivenciaram expressões com tintas, massas, suportes variados, textos poéticos, permitindo a si, enquanto formadores, sentir a importância da dimensão estética como educadores da infância. O referencial teórico foi a abordagem de Paulo Freire sobre a inteireza da formação de professores progressistas.