Divulgação científica na mídia regional (impressa e virtual)

Abstract

There is an important lack of communication between the centers of production of science and technology (S&T) and the public. This occurs not only in Brazil, but here this fact is even more intense. Science dissemination rarely occupies a significant place in the media, usually covering spectacular events such as cloning, the scientific explanation of earthquakes (after they occur), etc. In part, this is due to misperception of the media that the public has no interest in issues related to the universe of the science and partly by the lack of scientific background of good part of journalists. Overall, does not exist by the producers of S&T centers, with some exceptions, a dissemination system aiming to democratize knowledge, making scientific information accessible to non-specialist audience. This is a serious flaw in our country since almost all the S&T system is funded by the state and therefore kept by the taxpayer. Thus, journalists and researchers should work hand in hand to improve this situation. Disseminate correctly and regularly knowledge coming from science is one of the antidotes against disinformation and obscurantism. Making media mass update agents on what is new in the S&T universe should become a priority activity for both University and Press.

Existe uma grave falta de comunicação entre os centros de produção de ciência e tecnologia (C&T) e o público em geral. Isto não ocorre apenas no Brasil, mas aqui este fato ganha contornos extremos. A divulgação científica de qualidade raramente ocupa um lugar significativo na mídia, limitando-se à cobertura de eventos espetaculares como a clonagem, a explicação científica dos terremotos (depois que eles ocorrem), observandose também uma constante confusão entre ciência e pseudociência. Em parte, isto acontece devido à percepção, equivocada, dos meios de comunicação que o público não tem interesse pelos assuntos relacionados com o universo da ciência, e também à falta de preparo de boa parte dos jornalistas para entender e interpretar corretamente a informação científica. Já por parte dos centros produtores de C&T não existe, salvo exceções, um sistema de divulgação que vise democratizar o conhecimento, tornando a informação científica acessível ao público não especializado. Esta é uma falha grave já que em nosso país quase todo o sistema de C&T é custeado pelo estado e, portanto, mantido pelo contribuinte a quem é devida essa ação de divulgação. Desta forma, jornalistas e pesquisadores deveriam trabalhar lado a lado – e sem reclamar tanto uns dos outros – no sentido de melhorar essa situação extremamente deficitária. Divulgar correta e regularmente o conhecimento proveniente da ciência é um dos bons antídotos contra a desinformação e o obscurantismo. Tornar os meios de comunicação de massa agentes de atualização sobre o que de novo ocorre no universo da C&T deveria se tornar uma atividade prioritária, tanto para a Imprensa como para a Universidade.