Projeto UPA - implantação de uma unidade de produção de absorventes, num bairro periférico de Araraquara

Abstract

Um projeto de extensão também pode se iniciar pelo reconhecimento, pela universidade, da importância da criação de laços permanentes com uma comunidade ativa, em um bairro periférico de uma cidade: no caso Araraquara. Assim se iniciou, em 1997 a aproximação de estudantes e professores com educadores da escola Henrique Scabello, até o ano de 2003 quando se entrelaçaram com agentes comunitários de saúde e demais integrantes do Programa de Saúde da Família, o PSF, no bairro Jardim das Hortênsias. Primeiramente, sobre a forma de encontros, para compreensão das distintas culturas enraizadas lá e cá. Posteriormente, através de pesquisa, para identificação da urgência de se intervir junto a meninas, a partir dos dez anos de idade, até mulheres com cinqüenta anos, sem recursos financeiros e orientação para utilização de absorventes, durante o ciclo menstrual. A instalação de uma unidade de produção de absorventes, no bairro Jardim das Hortênsias, o atendimento a mais de 1300 meninas e mulheres, com vistas a promover seus direitos integrais à Saúde, tornou-se o objetivo do projeto UPA, de um ponto de vista técnico e científico, como de um ponto de vista cultural. nálise da situação atual, levantamento de campo, constituição de um grupo interdisciplinar, de estudantes de Administração Pública, Economia, Ciências Sociais que, junto com professores e membros da comunidade, conceberam um fluxograma, como redes de informação e implementação, através de parcerias interinstitucionais. já atingidos, nos anos de 2003 e 2005 foram: mobilização de mães das crianças e adolescentes do bairro para discussão da saúde feminina, mobilização de professores da escola, mobilização dos agentes comunitários de saúde e estudantes universitários, para ações solidárias de levantamento metódico de dados como de análise de situações, contatos com múltiplas instituições locais e estaduais para estudo de viabilidade. O projeto premiado permitiu viagem de estudantes com integrantes da comunidade do bairro a outros estados, para troca de experiência e tem motivado a realização de seminários internos no campus universitário, com a participação permanente de cerca de trinta estudantes, como a participação de integrantes do bairro projetado para recebê-lo. O projeto recebeu, em 2005, o 5o lugar no prêmio nacional FENEAD.