Atividade eletromiográfica dos músculos eretores da espinha durante contração isométrica contínua em diferentes níveis de carga: efeito de um protocolo de treinamento de resistência isométrica

Abstract

As contrações isométricas dos músculos eretores da espinha têm demonstrado ser um importante recurso terapêutico para o tratamento de problemas da coluna vertebral. Particularmente, para o treinamento de músculos lombares, diferentes posturas vêm sendo propostas, destacando-se entre elas a extensão isométrica do tronco em decúbito ventral. Embora um grande número de estudos tenha utilizado essa postura como parte dos procedimentos experimentais, comumente são utilizadas contrações em intensidade suficiente apenas para a manutenção do tronco suspenso contra a ação da gravidade, sendo negligenciados os efeitos de intensidades de contração mais altas sobre a ativação de diferentes músculos lombares. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi avaliar a ativação dos músculos iliocostal direito (IL-D) e esquerdo (IL-E), e multífido direito (MU-D) e esquerdo (MU-E) durante contrações isométricas em intensidades correspondentes a porcentagens da contração isométrica voluntária máxima (CIVM). Participaram do estudo nove voluntários saudáveis do gênero masculino. Os voluntários foram posicionados em decúbito ventral com os membros inferiores e a pelve fixos à mesa de teste. Inicialmente, foi determinada a CIVM de cada voluntário. Em um único dia de teste foram realizadas três contrações de cinco segundos de duração tracionando uma célula de carga. Um intervalo de cinco minutos entre cada contração foi estabelecido para o repouso dos voluntários. A média dos três esforços foi definida como a CIVM. Em outros quatro dias de teste, foram realizadas contrações sub-máximas em intensidades correspondentes a 5%, 10%, 15% e 20% da CIVM com intervalo mínimo de 24 e máximo de 72 horas entre cada contração. Em ambas as etapas do estudo, as atividades eletromiográficas dos músculos IL e MU foram registradas...