Temperatura e osmocondicionamento na germinação de sementes de Urochloa brizantha (STAPF) Webster cv. Basilisk

Abstract

Este trabalho objetivou determinar o efeito da temperatura e osmocondicionamento na germinação de U. brizantha, visando entender o processo de estabelecimento das plântulas. Na primeira parte do trabalho, utilizou-se o modelo thermal time como descritor da germinação em condições térmicas constantes e variáveis. U. brizantha apresentou temperaturas cardeais de germinação típicas de espécies de clima tropical, com temperaturas mínima (Tb) e máxima (Tc) iguais a 7,5±0,5 °C e 41,5±0,5 °C, respectivamente. A temperatura ótima de germinação situou-se em 31,5 °C. Os dados sugerem que U. brizantha apresenta o padrão mais comum de distribuição dos parâmetros térmicos, com Tb fixa e graus.dia (ΘT) variável para as subpopulações de sementes na faixa infraótima, e graus.dia fixo e Tc variável para a faixa supraótima. O método probítico, baseado no conceito thermal time, foi eficiente em estimar Tb e Tc em condições controladas, porém superestimou os tempos de germinação de U. brizantha em temperaturas variáveis (campo). Esta superestimativa, provavelmente, ocorreu devido à utilização da temperatura média do período como parâmetro de predição, e alterações nos valores de Tb, Tc e qT devido às oscilações da temperatura no campo. Na segunda parte, objetivou-se verificar o efeito do osmocondicionamento na germinação de sementes de U. brizantha, determinando-se a porcentagem de germinação (G), velocidade (Vm) e índice de sincronização (U) da germinação, e estimando-se Tb, Tc e ΘT para a germinação de 50% das sementes. Sementes de U. brizantha foram pré-embebidas a 8 °C, 32 °C e 39,5 °C, em potencial hídrico 0 e -0,5 MPa, com posterior secagem. As sementes pré-embebidas foram então colocadas para germinar nas temperaturas ótima (32 °C) e próximo às temperaturas cardeais...

This work aimed to determine the effect of temperature and osmoconditining on the germination of Urochloa brizantha, in order to understand the process of seedling establishment. In the first part of the study, the thermal time model was used as a descriptor of germination in constant and variable thermal conditions. U. brizantha presented typical cardinal temperatures germination of tropical species, with minimum (Tb) and maximum (Tc) temperatures of germination equal to 7.5±0.5 °C and 41.5±0.5 °C, respectively. The optimum temperature for germination was 31.5 °C. The data suggest that U. brizantha presents the most common pattern of thermal parameters distribution, with unique Tb and variable degreedays (ΘT) for sub-optimal range of subpopulations seeds, and Tc variable and unique qT in supra-optimal range. The probit method, based on thermal time concept, was effective in estimate Tb and Tc under controlled conditions, but overestimated the germination time of U. brizantha under variable temperatures (field conditions). This overestimating probably has ocurred by the utilization of mean period temperature as a prediction parameter, and alterations on Tb, Tc and qT by the oscilations of field temperature. The second part of the study aimed to verify the effect of osmoconditioning on the germination of U. brizantha seeds, determining the percentage (G), speed (Vm) and synchronization index (U) of germination, Tb, Tc and ΘT to 50% of seeds germinated. U. brizantha seeds were pre-imbibed at 8 °C, 32 °C and 39.5 °C, in 0,0 Mpa (water potential) and -0.5 Mpa (PEG), with subsequent drying. The pre-soaked seeds were then germinated in optimal temperatures (32 °C) and close to the cardinals temperatures (8 °C and 39.5 °C). Subsequently, seeds were pre-soaked at 20 and 30 °C, in 0,0 MPa and -0.5 MPa, with subsequent... (Complete abstract click electronic access below)