Aids e uso de preservativos por adolescentes: análise da história individual e práticas culturais

Abstract

Estudos sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez precoce em populações jovens demonstram que esse público apresenta, cada vez mais, melhor nível de conhecimento sobre as doenças e sobre o uso do preservativo. Entretanto, ainda é relativamente alto o número de jovens que não usam o preservativo durante as relações sexuais. Apesar de a Análise do Comportamento possuir um considerável potencial para auxiliar na compreensão dos processos culturais, ainda são escassos os trabalhos em Análisedo Comportamento possuir um considerável potencial para auxiliar na compreensão dos processos culturais, ainda são escassos os trabalhos em Análise do Comportamento com enfoque sobre a cultura. O presente estudo objetivou identificar e descrever características do uso de preservativos e possíveis variáveis controladoras desse comportamento em estudantes com idades entre 13 e 18 anos. Para tanto foram analisadas regras que agiam como estímulos discriminatvos antecedentes aos comportamentos de usar ou não preservativo, bem como consequências de punição ou reforçamento disponibilizadas pelos pais ou responsáveis e por serviços de saúde. Participaram da pesquisa 191 adolescentes, de ambos os sexos, estudantes de uma escola da rede pública da cidade de Bauru. Os dados foram coletados por meio de um questionário estruturado, elaborado e aplicado pela própria pesquisadora. Do total den estudantes, 83% se encontravam na faixa de 14 a 16 anos, sendo 92 do sexo masculino e 99 do sexo feminino. Em relação às famílias, 75% dos participantes residiam com cerca de 3 a 5 pessoas, sendo 43% familias nucleares.Quanto à experiência sexual, 65 participantes declararam já ter tido relações sexuais. Destes, 51 afirmaram terem usado preservativo durante a primeira relação sexual. Apenas 27 adolescentes declararam uso em todas as relações e somente...

Studies on prevention of sexually transmitted diseases and premature pregnancy in young populations demonostrate that this public has increasingly improved knowledge about diseases and the use of condoms. However, it is still relatively high the number of young people who do not use condoms during sex. Althrough behavior analysis has a considerable potential to assist in the understanding of cultural processes there are still very few studies in behavior analysis with a focus on culture. This study aimed to identify and describe characteristics of condom use and possible behavior controlling variables in students aged between 13 and 18 years old. Therefore, some rules have been analyzed, and they acted as discriminative stimuli prior to the behavior of using condoms or not, as well as consequential punishment and reinforcement provided by parents or guardians and health services. 191 teenagers, of both sexes, from a public school in the city of Bauru, took part in the survey. Data were collected using a structure questionnaire, which was prepared and applied by the researcher herself. Of all students 83% were aged from 14 to 16 years, 92 male and 99 female. Concerning the families, 75% of the participants live with 3 to 5 people, 43% of those are nuclear families. As for the sexual experience, 65 participants said they had had sex. Of these, 51 report having used a condom using the first intercourse. Only 27 teens reported using condoms in all relationships and only 23 reported talking to their parther about condom use. Faced with situations where it is necessary to use condoms, only 18 students market all alternatives. When it is using other methods, when it is healthy and when there is love were not market by, respectively, 77%, 58% and 66% of the sample. Receiving information from their parents about... (Complete abstract click electronic access below)