Um modelo semiótico dos processos nutricionais

Abstract

Consideramos processos nutricionais como processos psicobiosociais de significação e interpretação que ocorrem em várias dimensões que se correlacionam de modo sistêmico, incluindo inter-relações entre dimensões micro e macro celulares que se estendem às correlações entre pessoas e o nosso planeta entre outros possíveis no cosmos. Apoiados na teoria semiótica de Peirce, elaboramos um diagrama (inicialmente uma tríade de elementos correlatos que formam um signo) e a partir de alguns desdobramentos do diagrama abordamos algumas correlações entre processos cognitivos corporais, a aquisição e a mudança de hábitos nutricionais. Consideramos que há uma Mente Instintiva que atua na formação de hábitos metabólicos que se expressam em termos de um instinto nutricional adquirido e modificado ao longo do tempo em vivencias de nossa espécie. Argumentamos que a partir de uma quebra de hábito, vivenciada como desprazer corporal, como por exemplo, pela fome, se desencadeia uma consciência corporal pensada na perspectiva peirceana em diferentes graus de exigência de autocontrole. Partindo da hipótese de que o conhecimento corporal se produz por meio de uma consciência imediata, ou seja, uma consciência instintiva que não necessita da mediação de uma racionalidade consciente ou de uma subjetividade individual para que os processos cognitivos aconteçam, investigamos algumas correlações entre processos nutricionais e a produção de um conhecimento corporal afetivo

We consider nutritional processes as psychobiosocial processes of meaning and interpretation which occur in various systematically correlate dimensions, including the correlations between micro and macro cellular dimensions as well as those between men and not only the planet where they live but all the cosmos. Supported in the semiotic theory of Peirce, we prepared a diagram (originally a triad of related elements that form a sign) and from some unfolding of the diagram we covered some correlations between bodily cognitive processes, and the acquisition and change in nutritional habits. We believe that there is an Instinctive Mind that operates in the formation of metabolic habits that are expressed in terms of a nutritional instinct acquired and modified over time in the living experiences of our species. We claim that from a habit break, experienced as corporal displeasure, such as hunger, the body consciousness considered under the Peircean theoretical perspective, is unleashed in different degrees of self-control requirement. Considering the hypothesis that the bodily knowledge is produced through an immediate consciousness, that is, through an instinctive consciousness does not requiring the mediation of a conscious rationality or an individual subjectivity in order to cognitive processes happen, we investigate some correlations between nutritional processes and the production of an affective bodily knowledge