Perfil das a tividades cotidianas e desfecho materno-perinatal de gestantes nulíparas

Abstract

No passado, as gestantes eram aconselhadas a reduzirem suas atividades de trabalho ocupacional ou muitas vezes a interrompê-las, especialmente durante os estágios finais da gestação. Acreditava-se que essas atividades aumentariam o risco de trabalho de parto prematuro. Atualmente, entende-se que, apenas determinadas atividades laborais podem ser fatores de risco para intercorrências como parto prematuro e baixo peso ao nascer. Por outro lado, verifica-se que o gasto energético de nível médio pode ser vantajoso para o ganho de peso do recém-nascido e contribui para a redução do risco de complicações no parto. Em contrapartida, a baixa atividade física acarreta maiores chances de prematuridade. Caracterizar o perfil das atividades cotidianas e determinar o desfecho materno-perinatal de gestantes nulíparas. Foram avaliada 106 gestantes nulíparas, acompanhadas no Serviço de Obstetrícia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp. Foram considerados critérios de inclusão ter: gestação única e não ser portadora de doença clínica ou intercorrência obstétrica. Todas as gestantes responderam a um interrogatório com intuito de determinar o perfil de atividades cotidianas desempenhadas pelas mesmas, bem como a energia gasta ao realizar essas atividades. Foram analisados os desfechos maternos (evolução da gestação e tipo de parto) e perinatais (peso, índice de Apgar e peso em relação à idade gestacional). Os grupos de gestantes com atividade física leve e sedentária foram comparados em relação às variáveis numéricas pelo teste de Mann-Whitney e em relação às variáveis categóricas pelo teste Qui-quadrado ou pelo teste exato de Fisher. Considerou-se o nível de significância de 5%. Observou-se predomínio de adolescentes (57,5%) e alta taxa de...

In the past, pregnant women were advised to reduce their occupational work activities or often break them, especially during the final stages of pregnancy. It was believed that these activities might increase the risk of premature labor. Currently, it is understood that only certain activities can be risk factors for complications such as premature delivery and low birthweight. On the other hand, it appears that the average energy expenditure can be advantageous for the weight gain of the newborn and contributes to reducing the risk of complications at birth. In contrast, low physical activity leads to greater chances of prematurity. To characterize the profile of daily activities and determine the maternal and perinatal outcome of nulliparous women. We evaluated 106 nulliparous pregnant women attended at the Obstetric Service of Clinical Hospital of Botucatu Medical School - UNESP. The inclusion criteria were: single pregnancy and not show clinical disease or obstetric complications. All pregnant women completed the interrogation aiming to determine the profile of daily activities performed by them, as well as the energy expended to perform these activities. We analyzed the maternal (pregnancy outcome and type of birth) and perinatal (weight, Apgar score and weight for gestational age) outcomes. The groups of pregnant women with mild physical activity and sedentary were compared to the numerical variables by the Mann-Whitney test and for categorical variables by chi-square test or Fisher's exact test. The significance level was set at 5%. It was observed the predominance of adolescents (57.5%) and high inactivity rate (69.8%), with a large percentage of daily activity represented by watching television over 4 hours daily (41,5%). Comparison between sedentary and light physical activity or less active groups showed that... (Complete abstract click electronic access below)