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Please use this identifier to cite or link to this item: http://acervodigital.unesp.br/handle/unesp/378626
Title: 
Edificio Martinelli
Author(s): 
Martinelli, Giuseppe
Description: 
Edifício Martinelli
Abstract: 
Edifício Martinelli, 1929. Giuseppe Martinelli nasceu em Luca, na Itália em 1870, e veio para o Brasil em 1889 para trabalhar como mascate e armador. Vendeu sua frota de vinte e dois navios para construir o edifício a partir de 1924. Inicialmente o prédio teria doze e em 1928 chegou aos vinte e quatro andares. Como não poderia fazer e assinar o projeto – pois não tivera condições de estudar arquitetura – Martinelli incumbiu o arquiteto húngaro William Fillinger de realizar a maior obra civil iniciada até então na capital. A mão-de-obra especializada recaiu sobre artesãos italianos e espanhóis, sendo eles mais de 60 entre os seiscentos operários que executaram os detalhes das fachadas que foram desenhados pelos irmãos Lacombe. Os problemas estruturais foram resolvidos com o auxílio de maquinário alemão. Já a fiscalização diária ficou por conta de Martinelli, que auxiliava os pedreiros. O projeto Martinelli era chegar aos trinta andares, mas a obra foi embargada e o caso chegou aos tribunais, com ganho de causa ao seu mentor. Por fim, ele construiu sua residência sobre o topo do edifício. Em 1934, vendeu o prédio para o governo italiano. Com a declaração da guerra do Brasil ao Eixo, o imóvel passou para a União – que confiscou os bens dos italianos – e o edifício passou a se chamar América. Seus dias de glória iniciaram-se em 1931 quando o italiano Guglielmo Marconi, inventor do rádio subiu ao seu topo; três anos depois o dirigível Zeppelin o contornou. Partidos políticos, clubes esportivos como Palestra Itália e Portuguesa, hotéis e cinemas, muitos eram os inquilinos – mas ele também servia de suporte para imensos outdoor da Fernet Brianca e pasta dental Elba. O edifício que fora símbolo de modernidade foi apelidado por Oswald de Andrade de bolo de noiva. Afinal, apresentava divisões clássicas de embasamento, corpo e coroamento – com direito a falsa mansarda. Sua coloração, em três tons de rosa, é dada pela composição das misturas de vidro moído, cristal de rocha e areias, que o fazem cintilar. Os materiais de acabamento vieram da Suécia, como madeiras e latonados, mármores da Itália e lustres da Bohemia.
Issue Date: 
24-Nov-2016
Citation: 
Fotografia e Texto: Percival Tirapeli; Edição: Yuri Hung
Sinopse: 
Giuseppe Martinelli was born in Luca, Italy, in 1870 and came to Brazil in 1889 to work as a hawker and ship-builder. He sold his fleet of twenty-two ships to erect the building in 1924. Initially the building was to have had twelve floors, but in 1928 it rose to twenty-four. As he could not develop and sign the project – for he had been unable to study architecture – Martinelli had Hungarian architect Willian Fillinger undertake the biggest civil work ever begun in the capital untill then. The specialized labor fell to Italian and Spanich artisan, there being over 60 among the six hundred workers who executed the details on the façade designed by the Lacombe brothers. Structural problems were solved with the aid of German machinery. Daily supervision was Martinelli’s responsibility and he worked along-side the brick layers. Martinelli’s objective was to reach thirty floors, but the building was seized and the case ended up in court, its mentor’s cause prevailing. In the end he built his residence on the top of the building. In 1934 he sold the building to the Italian government. With Brazil’s declaration of war on the Axis, the building passed over to the Union – which had confiscated all assets belonging to Italian – and the building was re-named América. Its days of glory began in 1931 when Italian Guglielmo Marconi, inventor of the radio, went to the top of it, three years later the Zeppelin circled around it. Political parties, sports clubs, such as Palestra Itália and Portuguesa, hotels and cinemas – many its tenants, but it was also used for immense billboards for Fernet Brianca and Elba toothpastes. The building was the symbol of what was most modern and was nicknamed “wedding cake” by the modernist poet Oswald de Andrade. After all, it presented classical foundation, body and coping differences – even with a false attic. Its color, in three shades of pink, is made from mixing ground glass, rock crystal and sand, which makes it sparkle. The finishing material came from Sweden, such as the wood and brass work, the marble from Italy and the light fixtures from Bohemia.
Publisher: 
Yuri Hunag
Keywords: 
  • Escultura
  • monumento público
  • modernismo
  • espoco urbano
Bibliographic Citation: 
  • ESCOBAR, Miriam. Esculturas no Espaço publico de São Paulo. São Paulo: Vega, 1998
  • TIRAPELI, Percival. São Paulo Artes e Etnias. Editoras Empresa oficial e editora Unesp, 2007
URI: 
http://acervodigital.unesp.br/handle/unesp/378626
Licence Type: 
Personalizado
Type: 
imagem
Appears in Collections:Escultura

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