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http://acervodigital.unesp.br/handle/unesp/381329
- Title:
- Capitais no Cone Sul. Sécs. XVI e XIX.
- Percival Tirapeli
- As capitais La Paz, Assunção, Santiago do Chile, Montevidéu e Buenos Aires, tiveram suas praças maiores atualizadas estilisticamente segundo modismos do século XIX.Os mestres espanhóis de pintura, como Ginés de Aguirre ( 1727 -1800) e Cosme de Acuña, e de arquitetura, Antonio González Velázquez (1723 -1793), e os escultores Manuel Arias, sendo o mais destacado Manuel Tolsá, difundiram o novo gosto por toda a América Espanhola. Tolsá que chegou ao México em 1792 fez a escultura equestre de Carlos IV, à maneira da estátua equestre de Marco Aurélio, que se encontra no Campidoglio, em Roma. Esta nova remodelação do espaço público a partir de 1803, com esculturas que representassem as virtudes humanas, tornou-se moda durante todo o século XIX. As plazas mayores foram remodeladas ao gosto neoclássico ou eclético onde se encontravam os antigos palácios de governadores e dos bispos, com traços da arquitetura colonial. Dos exemplares mais puros de palácio governamental são o de Quito que ainda no período colonial foi engalado com dignas colunas neoclássicas. O Palácio de la Moneda, antiga casa de fundição, em Santiago do Chile ganhou dignidade e monumentalidade palaciana. Outros se emanciparam com novas fachadas ecléticas ao gosto francês como os de La Paz, dureza clássica alemã em Bogotá e mutilação do Cabildo em Buenos Aires que praticamente descaracterizou sua Plaza Mayor.A imagem da nova cidade americana na segunda metade do século XIX espelhou-se na Paris reformulada de Georges-Eugène Hausmann (1809-1891), traçando grandes vias radiais, a partir de monumentos cívicos, como o Arco de Triunfo, o obelisco da Praça da Concórdia e a cúpula do Panteão, originalmente uma igreja, foi transformada em monumento dos heróis daquela nação.Este espírito francês pairou desde o Capitólio da capital norte-americana de Washington, que começou a ser concebida segundo Thomas Jefferson com triangulo frontão grego e cúpula grandiosa. Este ideal daquela nação livre passou para construções também com grandes cúpulas da segunda metade do século XIX e XX como nas capitais Buenos Aires, Havana, Montevidéu e o Pantão de Assunção. Dessa maneira, as novas capitais americanas ganharam traçados com linhas diagonais sobre o traçado ortogonal, como Buenos Aires; alamedas ou passeios públicos, a exemplo de Lima, Cidade do México com arco de triunfo e os obeliscos (memorial de Georges Washington, 1848 na capital norte americana) mesmo que tardios em Buenos Aires (1936) e em São Paulo (1955). As novas ideias divulgadas pelos enciclopedistas provocaram o declínio do interesse religioso para o sociopolítico positivista. O estilo vigente daqueles revolucionários franceses era o neoclássico e isto provocou reformas nas antigas construções coloniais governamentais levando ao ocultamento em parte do esplendor das antigas plazas de armas ou mayores. O resultado foi a aparência de novos ares burgueses como em Bogotá, La Paz, Cidade da Guatemala e Cidade do Panamá.
- 2018
- TIRAPELI, Percival. Patrimônio Colonial Latino-americano: urbanismo, arquitetura, arte sacra, São Paulo: Edições SESC, 2018. p. 60
- Publicadora: Jaqueline Pereira de Vasconcelos, Fotografia: Percival Tirapeli, Texto: Percival Tirapeli
- Capitais no Cone Sul
- Sécs. XVI e XIX- Colonial e Neoclássico
- Século XVI e XIX- Colonial e Neoclássico
- Colonial e Neoclássico
- Argentina - Buenos Aires
- Bolívia - La Paz
- Paraguai - Assunção
- Chile - Santiago
- Capitais
- Percival Tirapeli
- Arquitetura
- Patrimônio
- Urbanismo
- Argentina
- Bolívia
- Paraguai
- Chile
- Remodelação
- Neoclássico
- Eclético
- Colonial
- http://acervodigital.unesp.br/handle/unesp/381329
- Personalizado
- texto Appears in Collections:Patrimônio Cultural
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