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http://acervodigital.unesp.br/handle/unesp/381344
- Title:
- Mosteiro Santa Clara, Querétaro. México. Sécs. XVII e XVIII
- Capitulo II - Mosteiros Femeninos - Patrimônio Colonial Latino-americano: urbanismo, arquitetura, arte sacra
- Tirapeli, Percival
- Querétaro é rica em seus monumentos barrocos coloniais e de marcantes edifícios do breve período imperial mexicano. Seu desenvolvimento está vinculado a mineração de ouro e a nobreza indígena do índio cacique Conín – Hernando de Tapia, seu nome de batismo – que doou grande fortuna para sua filha Luisa de Tapia para fundar o mosteiro. Fato raro pois apenas as senhoras espanholas ou crioulas poderiam ter este privilégio concedido a esta indígena que mesmo religiosa Clarissa continuou a ser discriminada (Correa, 2001 p. 340). O novo edifício foi construído (1633) pelo arquiteto e escultor Francisco de Chavide e remodelado trinta anos depois pelo mestre de obras e ensamblador José de Bayas Delgado, oriundo de Puebla. O complexo tomou maior vulto já no século XIX quando alcançou setenta e seis casas para abrigar as filhas dos mais opulentos mineradores com suas servas além das monjas, freiras religiosas, irmãs leigas e meninas estudantes. O recinto completo compõe-se de clausura, ruelas entre claustros e celas individuais, pequenas praças, jardins, capelas, ermidas e cemitério. A bela praça fronteiriça foi remodelada em 1817 e pode-se observar a características das igrejas monásticas: a posição da nave paralela ao arruamento, a presença de uma torre apenas e duas portas de entrada. Internamente uma grande nave com abóbadas reserva uma surpresa artística comparável apenas ao mosteiro de Santa Rosa a algumas quadras do local. Adentrando-se pela parte posterior, junto ao coro baixo, tem-se a sensação completa do theatrum sacrum, dourado, exposto a serem descobertas as delícias divinas que flutuam entre o céu e a terra. O ambiente é pleno, nada falta, nada excede, é perfeito. Os retábulos de Ignacio Mariano de las Casas, arquiteto de Querétaro, são monumentais. As estípedes avançam sobre a nave, sustentam o entalhamento truncado, pinturas e esculturas que se mostram em contrastes de luzes e sombras, volumes ousados e planos requintados. No arco das lunetas, abrem-se janelas com tecidos esculpidos deixando penetrar na nave feixes de luzes que caprichosamente reluzem sobre o dourado dos altares na parede oposta.
- 2018
- TIRAPELI, Percival. Patrimônio Colonial Latino-americano: urbanismo, arquitetura, arte sacra, São Paulo: Edições SESC, 2018.p. 249 – 250
- Publicadora: Paloma Bazán, Fotografia: Percival Tirapeli, Texto: Percival Tirapeli
- Mosteiro Santa Clara
- Séculos. XVII e XVIII - Barroco
- Sécs. XVII e XVIII - Barroco
- Querétaro - México
- México
- Percival Tirapeli
- Barroco
- Patrimônio Colonial Latino-americano
- Monastérios femeninos
- http://acervodigital.unesp.br/handle/unesp/381344
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