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http://acervodigital.unesp.br/handle/unesp/381333
Full metadata record
DC Field | Value | Language |
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dc.contributor.author | Tirapeli, Percival | - |
dc.date.accessioned | 2018-11-29T18:56:40Z | - |
dc.date.available | 2018-11-29T18:56:40Z | - |
dc.date.issued | 2018 | - |
dc.identifier.citation | TIRAPELI, Percival. Patrimônio Colonial Latino-americano: urbanismo, arquitetura, arte sacra, São Paulo: Edições SESC, 2018. p. 104-106 | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://acervodigital.unesp.br/handle/unesp/381333 | - |
dc.description.abstract | Na Ilha Espanhola, onde Cristóvão Colombo deu início a cristianização das Américas, foi fundada a Catedral Primaz das Índias. Na antiga Plaza Mayor, atual parque Colón, foi fundada a diocese de Concepción de la Vega (1504) na ilha que hoje abriga os países da República Dominicana e do Haiti. Esta ilha foi o berço das leis do rei Fernando, o Católico, a proteger os indígenas americanos. Em 1521 já estavam dispostas as primeiras pedras da fundação aquela que seria o protótipo, senão arquitetônico, mas de funcionamento para todas as catedrais americanas inspiradas no modelo da catedral de Sevilha. Em 1524 estavam prontas a girola – parte posterior da igreja em forma semi-circular - e parte do corpo correspondendo às duas entradas laterais, obra do bispo Alessandro Geraldini. As obras continuaram pelo arquiteto Rodrigo de Bastidas e consagrada em l541 pelo bispo Alonso de Fuenmayor, antes de seguir para a Cidade do México. Assim esta obra de pura aspiração espiritual teve ao longo de sua materialização os anseios primordiais dos tempos das conquistas - linhas arquitetônicas das catedrais medievais - e a estabilização do poder temporal – frisos e esculturas de linhas estilísticas renascentistas na fachada - sintetizando assim o primeiro momento da descoberta e o da instalação dos poderes temporais e espirituais - Estado e Igreja. Em 1543 construiu-se o campanário, que não deveria ser mais alto que a Torre del Homenaje, ali perto nas margens do rio Ozama, porém com o mesmo aspecto daquela fortaleza medieval. Diego del Rio construiu capelas laterais e nos anos 1550 tinha sua espacialidade como na atualidade. Sofreu paralisações assim que a Espanha voltou-se para as construções de terra firme e o Caribe viu-se nas mãos dos corsários ingleses em especial Drake que a saqueou destruindo seus antigos retábulos em 1586. A grandiosa massa arquitetônica gótica tardia expressa a vontade da instalação de toda espiritualidade espanhola naquela praça ensolarada. As três entradas ao templo, são distintas e mostram seus acréscimos a esta planta baixa de três naves cujas abóbadas em cruzaria mostrando as nervuras e as pedras em toda sua extensão são suportadas por elegantes arcos ogivais. A entrada sul pela porta lateral é por debaixo do coro alto alcançado por uma escada em caracol esculpida em rocha, outra, oposta, sob arcos e acréscimos da sala do cabildo eclesiástico e a principal, que recebe a luz pela tarde revelando seus arcos e relevos renascentistas. A sala do Cabildo, do lado oposto, foi construída no início do século XVII e a sequência de capelas laterais no lado sul onde se instalaram confrarias. Em 1650 estavam construídas todas as capelas e o presbitério ampliado. Um terremoto em 1673 abalou as abóbadas do coro, sala capitular e capela mor, recompostas posteriormente e as novas intervenções foram apenas em 1862. Dentre as melhorias, ocorreu a troca de piso e a recolocação dos restos mortais de dom Luis Colón e do Almirante don Cristóbal Colón que se encontra no lado do Evangelho, no lado direito do presbitério (Sasso, 2011, p. 259). Transposto o adro fechado com muralhas encimadas com ameias medievais, a visão muda para o portal renascentista que se abre para receber o fiel. Depois daqueles umbrais, já em seu ambiente interior, contemplam-se as abóbadas sustentadas por pilastras circulares de onde nascem as nervuras das cruzarias frisadas por pinturas. Arcos ogivais guardam altares e relíquias em suas capelas laterais profundas ao longo de toda nave. A capela mor mostra-se exteriormente como imensa girola octogonal guarnecida de contrafortes e pequenas envasaduras. Internamente, mostra-se pentagonal com as paredes do fundo a sustentarem a cúpula nervurada e na parte anterior o grande arco triunfal. Nas laterais, o friso do coro ornado com relevos renascentistas chama a atenção para os putti cantantes. Nas capelas profundas, antigos altares e relíquias como o cruzeiro do período das descobertas. A capela de Nossa Senhora de la Antigua abriga a pintura trazida de Sevilha ainda em 1523. Na capela do Cristo da Agonia está o monumento funerário do bispo Alessandro Geraldini, primeiro bispo e iniciador das obras. Dois leões suportam o rico monumento funerário emoldurado por um arco renascentista de meio ponto substituindo aquele ogival. Esta capela exemplifica os diversos momentos construtivos com variadas técnicas desde paredes com pedras dispostas - mamposteria - cúpula em meia laranja - hornacina - frisos e colunas estriadas com capitéis corintos e requintado pórtico renascentista que abriga a urna funerária que recebe diáfana luz oriunda das pedras rendilhadas das envasaduras. | pt_BR |
dc.language.iso | N/A | pt_BR |
dc.publisher | Publicadora: Flora Batalha, Texto: Percival Tirapeli, Fotografia: Percival Tirapeli | pt_BR |
dc.subject | Catedral | pt_BR |
dc.subject | Santo Domingo - República Dominicana | pt_BR |
dc.subject | Percival Tirapeli | pt_BR |
dc.subject | América Latina | pt_BR |
dc.subject | Século XVI - Barroco | pt_BR |
dc.subject | República Dominicana | pt_BR |
dc.subject | Séc. XVI - Barroco | pt_BR |
dc.subject | América Latina | - |
dc.subject | Latino-américa | - |
dc.subject | Patrimônio Colonial Latino-americano | - |
dc.title | Catedral de Santo Domingo. Santo Domingo. Séc.XVI | pt_BR |
dc.title.alternative | Capitulo II - Catedrais - Patrimônio Colonial Latino-americano: urbanismo, arquitetura, arte sacra | - |
dc.type | texto | pt_BR |
dc.type.copyright | Personalizado | pt_BR |
Appears in Collections: | Patrimônio Cultural |
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